21 junho, 2007

Sentido de Justiça...

Hoje o que me traz a este espaço de escrita é o forte e peculiar sentido de justiça do povo português. Este texto é baseado num estudo que tenho vindo a fazer junto de pessoas em cafés e no meu próprio local de trabalho, vá… digamos que tenho ouvido conversas dos outros.

Começo por referir a severidade e originalidade de alguns dos depoimentos recolhidos.
Começo já com o que eu considero o melhor depoimento de todos os que venho apresentar:
Um cliente EDP, referindo-se ao que acharia justo que se fizesse aos directores da empresa: “-Isto era pendurá-los todos de cabeça para baixo na Ponte 25 de Abril… com a maré baixa… quando a maré começasse a subir… olha! Eles que começassem a beber!”. Não vejo nenhum legislador a lembrar-se disto…

O segundo que gostava de partilhar convosco ouvi discretamente numa roulotte-bar e referia-se, julgo eu, aos recentes pedófilos que foram presos, passo a citar:
“-O que eles mereciam era que lhes fosse cortada a cabeça!” – ao que outro individuo responde: “-Mas devagarinho! Para sofrerem um bocadinho!”
Não percebo porque é que ainda existem julgamentos!?!

O terceiro caso ocorre quando se dá um homicídio circunstancial. Aí o caso muda de figura, o português é sempre mais brando quando se trata de condenar um homicida circunstancial, pois somos um povo que sabe que a qualquer momento podemos ter que “andar à porrada” e que estas coisas acontecem… nestes casos o português diz sempre algo do género: “Imagino o que o outro lhe fez…”, ou “Foi em legitima defesa, o outro esta a chamar-lhe filho da puta!”.

O português também continua a ter aquele sentido revolucionário, sempre pronto para a revolução que está para vir, mas como me dizia também um cliente EDP: “Não era como fizeram no 25 de Abril! Tinha que haver tiros e cabeças teriam que rolar!”.
Sem dúvida! O que seria de uma revolução sem derramamento de sangue?!

O que mais se nota no sentido de justiça português é que os chamados “crimes de colarinho branco” e os casos de pedofilia são os mais graves e que nem sempre matar é crime, desde que o outro nos tenha ofendido oralmente, podemos considerar um homicídio como legitima defesa.
Se tiverem mais citações bonitas comos estas, não olvidem o nosso sistema de comentários e coloquem lá os vossos depoimentos. Um Grande Bem-haja! HC

10 junho, 2007

Virgem Maria… A verdadeira história…

A Maria era uma jovem atraente que vivia ali para as bandas de Nazaré, um dia conheceu um tipo jeitoso, que até tinha jeito para trabalhos manuais, o José.
A Maria já namorava com o José há algum tempo quando conheceu um outro tipo, o Manuel de Deus, não conseguiu resistir aos desejos carnais e envolveu-se sexualmente com ele, coisa que tinha imposto ao José que só aconteceria entre eles depois do santo matrimónio, mas como sabemos, todos temos os nossos momentos de fraqueza e o Deus até era um tipo bem parecido que surgiu ali com um ar de quem acabou de criar o Universo, a Maria, como qualquer jovem, não conseguiu resistir.

Aquilo foi uma “one night stand” e ambos concordaram que o José não precisava de saber e que aquilo não se voltaria a repetir, visto que o coração de Maria batia mais forte por José e aquilo terá sido apenas uma atracção carnal.

Tudo estava bem, não fosse o facto de um pequeno enjoo, enquanto pastavam as ovelhas, não ter passado despercebido a José, que logo desconfiou que algo não batia certo, mas a Maria insistiu que não era nada.
Mais difícil foi esconder quando a barriga começou a crescer, mesmo com vestes largas, Maria não conseguiu disfarçar o Ser que germinava dentro do seu útero e acabou por ter que contar a verdade, o que ela disse foi:
“-Foi o Deus que apareceu e Fecundou-me!”

O José era um tipo religioso e que, embora a desconfiança, acreditava na palavra da sua Maria e logo Gritou: “-Milagre!!! Foste fecundada por Deus todo o poderoso sem que tenhas cedido aos prazeres da carne! Assim já estou mais descansadinho, pensava que me andavas a meter os Cornos!”

Maria apercebendo-se das vantagens da má interpretação de José, achou por bem confirmar toda a história e manter a fachada…

Até que um dia, enquanto passeavam por Belém, a criança nasceu e decidiram dar-lhe o nome de Jesus, em homenagem ao treinador da equipa de futebol lá da terra.

O puto desde muito novo que foi habituado a ouvir dizer que era filho de Deus e tornou-se um bocado convencido.
A dada altura reuniu um gang e acharam que estava na altura de mostrar quem manda.

Todo convencido que quem mandava era ele, Jesus organizou um comício.
Mas enganou-se, ele não mandava, veio a policia de intervenção e levou-o de cana e acabaram por crucificá-lo lá por altura da Páscoa! FIM… HC