13 outubro, 2009

12 outubro, 2009

Loures contra o desemprego!

É com muito agrado que verifico que os cidadãos de Loures se uniram contra o desemprego. Salvaram a maioria da família de Carlos Teixeira do desemprego, renovando-lhe o mandato por mais 4 anos.
É bonito ver as pessoas unidas por uma causa, solidárias com uma família inteira.

Viva Loures Solidária! Viva o Compadrio!
LR

Luís Execra os Sufrágios

O dia 11 de Outubro foi um dos dias mais espectaculares que me lembro.
Depois de acordar às 6 da manhã, nada como começar por arcar com 20 quilinhos de votos em braços até à assembleia de votos, a 750 metros. Ainda antes do pequeno-almoço contar 3500 boletins de voto, só pra ter a certeza que se lembraram de aparecer todos. Das 8:00 às 19:00 receber os B.I.'s de 700 pessoas e ler o seu nome em voz alta, evitando rir com nomes como Tibúrcio, Pisco Pola e Trouxa que quase fazem esquecer que a gripe A anda por aí e que contactar com 700 pares de mãos é capaz de não ser a melhor das ideias. 19 horas, toca a contar 2100 votinhos, 2 ou 3 vezes porque há sempre alguém que resolve enganar-se (especialmente eu). Fossem estas umas eleições normais e não de anormais, e às 20:30 estava o dia feito e razoavelmente mal pago.
Mas eis que um ser de inteligência superior (leia-se Exma. Srª. Drª. Juíza Presidente da Assembleia de Apuramento Geral a.k.a. P***) resolve lançar um despacho que obriga a que todos os Presidentes das Mesas de voto saiam ao mesmo tempo e se dirijam à Câmara de Loures acompanhados pela polícia.
Depois de esperar mais de uma hora que uma mesa acabe a sua contagem, é-nos então dito por um polícia, com cara de ter 12 anos, que afinal era apenas preciso entregar os votos a ele e podíamos ir para casa. Porreiro.
23:00, prestes a dormir, já em casa depois de um Domingo até aí razoavelmente espectacular, eis que outro ser de inteligência superior (leia-se Eu a.k.a. Idiota) resolve atender uma chamada anónima no seu telemóvel:
- Tou sim, Sr. Luís?
- Sim, sim?
- O Sr. tem que vir ter à Junta de Freguesia p'ra de seguida ir a Loures.
- Você tá a brincar a comigo?!
- Vou-lhe passar aqui o telemóvel a uma pessoa...
-...
- Tou sim, Sr. Luís?
- Sim...
- Olhe, você tem que ir à Câmara entregar os votos.
- Você tá a brincar comigo!
- Não...
- Só podem 'tar a brincar comigo!!!
- Até já.

Achando por bem que se pudesse evitar a multa de 5000 euros evitá-la-ia, dirigi-me à Junta.
Depois da boleia dum funcionário da Junta psicopata, com pretensões de ser o próximo Schumacher, chego a Loures onde me deparo com um cenário 3º mundista: meia-noite e todos os Presidentes de todas as mesas de voto de todo o Concelho de Loures e Odivelas numa garagem à espera de entregar os votos. Por momentos não soube se estava em Loures se em Nzérékoré.
Depois de mais 1 hora e meia à espera, muitos protestos, de mandar os polícias pro cara**o, de assinar o baixo-assinado, de assistir a uns calduços num funcionário da Câmara com uma taxa de bazófia muito elevada e de receber um recibo igual aquele que tinha recebido 5 horas antes, livro-me finalmente daquela situação kafkiana.

Saldo deste Domingo, agora sim, verdadeiramente espectacular: 4 euros/hora.

Tudo isto me fez apreciar ainda mais aqueles indivíduos que em todas as eleições vão para as mesas dos votos partir-nos a cabeça, porque quem está nas mesas são sempre os mesmos e o que queremos é tacho.
Se algum desses estiver a ler, apenas lhe digo que agarre nos 75 euros que pagam nas eleições e os meta nas nalgas, porque deste 'tacho' nunca mais me apanham a comer. LR

02 outubro, 2009

Em Terra de Loucos

“Em terra de Loucos, quem tem Juízo é Louco!”, assim concluiu Mário de Sá Carneiro no seu livro Loucura, assim começo eu neste texto do qual ainda nada sei.

Foi nesta frase que passei grande parte do meu dia a matutar, não por não a compreender ou tanto menos por me causar estranheza, mas por me soar a tão familiar, embora até hoje me fosse completamente alheia.
Não foram poucas a vezes que me deparei com esta questão: O que é realmente a Loucura?
Também não é a primeira vez que me dou a divagações escritas sobre o mesmo assunto, mas nunca me ocorreu descrevê-lo tão bem como Mário de Sá carneiro o fez há cerca de 100 anos atrás:

“Loucura?! – Mas afinal o que vem a ser a Loucura?...
Um enigma… Por isso mesmo é que às pessoas enigmáticas, incompreensíveis, se dá o nome de loucos…
Que a loucura, no fundo, é como tantas outras, umas questão de maioria. A vida é uma convenção: isto é vermelho, aquilo é branco, unicamente porque se determinou chamar à cor disto vermelho e à cor daquilo branco. A maior parte dos homens adoptou um sistema determinado de convenções:
É a gente de juízo…
Pelo contrário, um número reduzido de indivíduos vê os objectos com outros olhos, chama-lhes outros nomes, pensa de maneira diferente, encara a vida de modo diverso. Como estão em minoria… são doidos…
Se um dia porém a sorte favorecesse os loucos, se o seu número fosse superior e o género da sua loucura idêntico, eles é que passariam a ser os ajuizados: Na terra dos cegos, quem tem um olho é rei, diz o adágio: na terra dos doidos, quem tem juízo, é doido, concluo eu.”

Podia certamente ficar por aqui e não acrescentar mais nada, no entanto as minhas divagações não mo permitem e se assim não fosse de pouco me serviria transcrever tão brilhante dissertação.

Da amálgama, na sua generalidade disforme, de pensamentos que me percorreram a mente após a leitura do que anteriormente citei, houve alguns que tomaram forma e são esses mesmos que vou tentar exprimir, na certeza porém de que o farei com inferior brilhantismo.

É um facto que a sociedade, a maioria portanto, não vê com bons olhos os loucos, no entanto, julgo, que por vezes o faz, o fazemos, o faço, por pura inveja! Inveja de não ter coragem de revelar o que realmente nos vai na alma!
Quem não gostaria de por vezes lançar bem alto um grito no meio da rua? Um grito de revolta! Um grito de pranto! Um grito de alegria! Um simples grito apenas pelo gozo de o dar! O que seja…
Quantos de nós o fazemos? Muito poucos… talvez os nossos amigos mais loucos…

A sociedade não é mais que um grupo de pessoas a representar e nesta peça de teatro os loucos são simplesmente maus actores. Actores sem formação, ou mesmo sem jeito para representar. E por norma os maus actores não são aplaudidos pela plateia, mas se por acaso houver no meio dessa plateia um que esboce uma palma, é louco!

Todos representamos, todos encenamos, todos criamos a nossa personagem que acabamos por apresentar no palco enorme que é a vida nesta sociedade, onde toda uma plateia se dispõe para nos julgar, com o maior dos rigores, à mínima falha e a nossa personagem é dilacerada pela plateia, por este júri de nossos pares.
Aos que se recusam a entrar na peça, a esses está fadado o desprezo, aos que representam mal é-lhes dado um papel de figurante, aos que melhor representam é-lhes dado o papel principal, o de cidadão exemplar!

Será que não vivemos já numa terra de loucos? Onde afinal quem tem juízo é o Louco?
Seremos todos tão animalescos e selvagens ou inaceitáveis aos olhos dos nossos pares que tenhamos que criar este circo decadente para convivermos uns com os outros?
Ou temos nós próprios, no nosso íntimo, medo, falta de coragem de mostrar quem realmente somos, sob pena de podermos vir a ser colocados na borda do prato?
Porque queremos afinal que a sociedade nos engula?
E porque engolimos nós esta sociedade e todas as convenções que esta acarreta e nos impõe?
Será a sociedade não mais que um pacto de não agressão entre os habitantes deste mundo?
E se o é, será que toda esta destruição, guerra e aniquilação só cessará no dia em que todos formos absorvidos pelo mesmo ideal de sociedade?

Neste momento são mais as questões, que as resposta, o que me vai na mente.
Não espero pelas respostas, quem sabe quando elas virão? …
E espero também parar em breve com toda esta divagação, corro o risco de ficar Louco! HC

E Trocaram-se as Voltas…

A dada altura o movimento giratório da Terra começou a abrandar.
Até que finalmente, mas apenas por breves segundos, esta parou, fixa no seu eixo.
Iniciando logo de seguida um novo movimento.
Giratório sim, mas no sentido oposto aquele em que, desde o inicio dos tempos, se movia.

Trocaram-se assim as voltas.
E com a troca de voltas do pequeno astro veio a troca de valores.
O correcto passa a estar errado!
O incorrecto passa a estar certo!

Ninguém sabe ao certo quando teve lugar este evento.
Entre os estudiosos da matéria as doutrinas dividem-se:
“-Desde o início da Humanidade que assim é!”
“-Antes da Humanidade já assim o era!”
“-Deus disse que assim fosse!”
“-A Terra gira?”

Com a troca de valores vieram as acções contraditórias.
Que para quem ainda se rege pelo antigo movimento giratório parecem confusas.
Hoje, e desde aquele momento impossível de localizar no tempo.
Aquilo que fazemos de correcto, pode muito bem parecer aos desajustados, errado!
E aquilo que se faz de incorrecto pelo pequeno calhau giratório estará, certamente certo!
Não tivessem trocado as voltas ao mundo!

Como os ajustados e os desajustados com as novas voltas do mundo se encontram todos misturados, torna-se difícil, confuso ou até impossível distinguir o certo do errado, o incorrecto do correcto.
E dessa dificuldade, confusão ou impossibilidade nasce a manipulação.
Nasce a necessidade de convencer os restantes humanos de que aquilo que fazemos é o correcto, embora possa não o ser, ou mesmo sendo, quem será a autoridade que o define?

E autoridades não nos faltam!
É a Legal, a Moral, a Religiosa, a Cultural e uma lista infindável de muitas outras.
Todas elas a institucionalizarem aquilo que dizem ser certo e correcto a fazer!
E a Humanidade relaxa.
Enquanto seguirmos uma, ou até várias, de certo que estamos no bom caminho, pois eles é que sabem!
O ideal até é seguir várias, pois se um dia, em dada situação, estas entrarem em conflito, podemos escolher a que melhor nos servir no momento.

Mas melhor que seguir autoridades, é ser a autoridade!
Quando somos nós a autoridade, nós é que ditamos o certo e o errado, o incorrecto e o correcto!
Todos queremos ser ditadores, mais que não seja das nossas próprias vidas!
Das nossas vidas? Sim! Mas só no que mais nos seja benéfico! O resto que decidam as autoridades que é para isso que elas servem!

De ditador e de mordomo todos temos um pouco! Digo eu…

Até no que toca á nossa natureza tendemos a girar no sentido que mais nos convier! HC

01 outubro, 2009

Embriagado de democracia



















Estou embriagado de Democracia. Bebi demais.
Depois de umas eleições em que os 3 Partidos que meteram mais deputados no Parlamento foram PS, PSD e CDS (com toda a legitimidade, o povo assim quis), anseio por 4 aninhos abstémio.

Talvez seja pelo excesso de democracia no sangue, mas há algumas coisas que me custam compreender. Uma delas é o facto de pela cabeça de milhares de portugueses ter passado o seguinte raciocínio: “Estou farto dos mesmos 2 partidos. Está na hora de mudar de política! Vou votar CDS. [!]”

Uma segunda, deparei-me com ela enquanto cumpria a honrosa função de ‘contador de votos’, em que cada voto contado é uma facada no lombo. Eis que dentro dum voto, muito bem embrulhado, está uma folha com um texto de algum eleitor. Texto esse com uma prosa cheia de revolta, de indignação, de desespero pela estagnação do país, pelo salário baixo do seu autor, um apelo à mudança do estado de coisas. Uma pérola comovente. Escorriam-me já 2 lágrimas pela face quando reparo que no voto, que embrulhava o épico desabafo, está uma cruz em PS. Não posso se não ficar contente (ainda que confuso) que alguém, do alto da sua coerência, conte comigo e só comigo, um mero cidadão que conta votos, para mudar a situação no país.

Por último (diz-se que o último copo de democracia é aquele que cai mal…), deparo-me hoje com isto. Foi democracia a mais para quem já não bebia democracia há algum tempo.
Parece que após a nega dos Irlandeses ao Tratado de Lisboa, vai haver novo referendo apenas 1 ano e meio depois. Apenas porque a extremamente democrática Comissão Europeia (a tal com um Presidente eleito por 0% dos cidadãos europeus) quer ter mesmo, mesmo certeza da vontade dos cidadãos irlandeses. E se ganhar o Não outra vez (algo em que as empresas de sondagens estão já a trabalhar para que não aconteça) daqui a 4 meses temos outro referendo só pra ter mesmo, mesmo, mesmo a certeza. Ou até ganhar o Sim. Porreiro, pá!
Espantou-se muita gente quando a Manuela Ferreira Leite sugeriu (ironicamente, ou não) a suspensão da democracia por 6 meses, p’ra pôr tudo na ordem…
Meus amigos, a democracia já está suspensa há muito tempo! A desordem é que continua a mesma.


Que se foda isto tudo.
Mais um shot!!! LR

"Não basta pensar"









"Até dá mais jeito que não se pense de todo!"
LR

12 setembro, 2009

Twitter

De qualquer das formas, o que está na moda é o Twitter e as suas telegráficas mensagens de 140 caracteres.


Se querem saber o que eu acho, um Twitter bom é um Twitter morto. LR

Créditos da imagem: alguém que não faço ideia quem seja, e de quem desrespeito
ostensivamente os direitos de autor, mas a quem mando desde já um grande bem-haja.

Olha! Tenho um blog...

Acabo de me lembrar que tenho um blog. 'Tá boa.
Está muito negligenciadinho, o degraçado... LR

29 julho, 2009

Música Portátil

Já estou farto de referir coisas que me enervam, mas estão sempre a aparecer coisas novas que me tiram do sério e nem sequer as consigo enumerar a todas.
Desta feita venho chamar-vos a atenção para um assunto muito delicado: A Música Portátil!

Mais concretamente, dos telemóveis, de nova geração, que permitem ouvir mùsica!

É um assunto difícil de abordar, eu sei, vai possivelmente ferir algumas susceptibilidades, o que possivelmente foi a razão que mais pesou na minha decisão de escrever sobre isto e não sobre a crise económica.

E o que venho aqui, digamos que, pedir é o seguinte:

Senhores adeptos do hip-hop, chungas, mitras e afins, da próxima vez que furtarem um telemóvel tenham a atenção de pedir à vítima do vosso furto se vos pode ceder também os auscultadores que acompanham o telemóvel.
Aos adeptos do hip-hop, chungas, mitras e afins que ainda assim não optam pela vida do crime e têm o bom-senso de cravar aos seus paizinhos os telemóveis em questão, peço-vos que procurem melhor na caixa onde vinha embalado o dito cujo, existem lá auscultadores.

Nem eu, nem ninguém deveria ser obrigado a ouvir a música bonita que sai dos aparelhos desses senhores.

Agora percebo (e peço desde já desculpa por futuras referencias a história antiga) o que motivou os senhores da Sony a inventarem algo que muitos já não se recordam, mas que no seu tempo foi uma grande revolução, o Walkman.
Para os antigos, antes do walkman, a única opção de música portátil era o que ficou conhecido como o “Tijolo”! Que era no fundo um mini hi-fi que funcionava a pilhas (não se deixem enganar pela palavra mini, naquela época os hi-fi normais vinham em móveis de sala-de-estar, portanto o mini hi-fi era, ainda assim, algo bastante grande), e que na altura era o aparelho preferido dos adeptos do RAP.

Portanto (e pedindo desde já desculpa pela minha falta de cultura musical, que me faz crer que RAP e hip-hop são basicamente a mesma coisa, ou pelo menos com os mesmos adeptos), essa malta gosta de incomodar, chatear e provocar o descontentamento no transeunte!

Os novos telemóveis são sem duvida uma grande evolução tecnológica, há quem diga que tantas funcionalidades num aparelho que foi criado para telefonar são supérfluas, mas não vamos ligar às más-línguas!
O importante a reter é: o facto de os telemóveis permitirem a emissão de música em alta-voz não será mais um passo atrás que uma evolução no conceito da música portátil?

É que parecendo que não, aquilo enerva! Principalmente porque esses indivíduos nunca põem a tocar musicas que eu goste! HC

18 maio, 2009

Festival da EuroCorrupção da Canção

Folgo em saber que há coisas que nunca mudam, por outro lado entristece-me perceber que geralmente o que não muda é o que está mal.
Mais uma vez, sem fugir à tradição, assistimos a um festival da Eurovisão completamente imparcial.
A Europa devia ser um só país, a olhar pelas votações de todos os participantes leva-me a crer que as culturas são completamente idênticas, do Azerbaijão a Portugal tudo gosta do mesmo.
Depois há países que nem precisam de ir a semi-finais pois a qualidade musical nessas zonas é tão boa e evoluída que nem vale a pena fazê-los passar por todo aquele processo. Disseram-me que isso acontecia porque esses participantes eram os que davam mais dinheiro para o festival, mas eu não acreditei.

No que toca a Portugal, é o costume, vamos lá todos os anos e sabemos que não vamos ganhar, no entanto ficamos todos muito orgulhosos dos nossos concorrentes.
Sinceramente, isso para mim chama-se falta de tomates! Já era altura de mandarmos este festival dar uma volta ao bilhar grande.

Porque é que o Blogue existe há 5 anos e eu ainda não tinha escrito nada acerca disto?
Porque nos outros anos não conhecia os participantes e porque já á muito tinha jurado nunca mais ver tamanha palhaçada. Azar o meu que este ano os participantes ao meus amigos e dói sempre muito mais ver os amigos serem insultados.

Para breve lançaremos o plano de boicote ao festival! Aguardem… HC

30 março, 2009

Igreja VS Látex

Se à coisa que eu aprecio é uma boa batalha, então se meter ao barulho a vida de milhares de pessoas, tanto melhor.
A Igreja Católica, desta feita encabeçada por Darth Sidious, peço perdão, Bento XVI, continua a sua guerra aberta contra a indústria do Látex, quando mais uma vez se desloca ao continente africano e advoga o não uso do preservativo porque, diz ele, não deixa fazer filhos e ainda por cima tira a sensibilidade, o que é uma grande chatice.
Mas o grande problema em África é que para além de produzirem filhos, também produzem SIDA e outras maleitas, mas é óbvio que alguém que não faz sexo e vê pouca televisão, não está a par destas coisas.
Qual é o objectivo de procriar crianças doentes, que vêm ao mundo com o único propósito de sofrer? Nem toda a gente quer ser um Cristo! Eu sei que não quero!
Mas o senhor Papa não foi totalmente negligente nas suas afirmações e arranjou uma solução muito simples:
-Façam como eu e limitem-se a usar a mão!

A verdade é que os católicos em África não vão deixar de fazer sexo, mas também não vão usar o preservativo, porque das duas ordens, e já que a carne é fraca, ao menos que se cumpra alguma coisa do que o senhor padre diz!

Será que está tudo louco no Vaticano e arredores? Pessoalmente gosto de acreditar que sim, mas isso sou eu!

Tenho, para mim mesmo, a crença que isto não é nada mais que frustração.
Esse grupo de tipos que não pode fazer sexo, por opção própria, que ninguém os obriga a meteram-se naquela vida, um dia decidiram:
-Se nós não podemos, mais ninguém pode! (engraçado que também não está errado se trocarem os P’s da frase anterior por F’s)
Mas depois houve um mais novo que lá estava, ao qual a frustração ainda não tinha toldado o pensamento que disse:
-Não vamos exagerar! Eu concordo realmente que devíamos limitar esses actos, mas se isto acabar, não acabam também as criancinhas que nós tanto adoramos?
Entretanto, depois de algum regateio decidiu-se que só se devia fazer sexo para efeitos de procriação.
Nesta altura ninguém ligou muito, ainda não havia preservativos, havia a tripa, mas era um bocado nojento e quase ninguém usava, portanto, quer se quisesse ou não, o sexo acabava quase sempre por ter efeitos procriativos.

Só que depois inventaram a vulcanização da borracha e derivado disso o látex. Do látex, alguém menos católico fez o preservativo actual (que para além de mais higiénico, não nos priva de cozinhar as tripas à moda do Porto), a malta começou a aderir e os tipos da Igreja ficaram aborrecidos com a indústria do Látex.

A verdade é que as vidas humanas nunca disseram grande coisa à Igreja Católica, quando não estavam eles próprios a praticar o genocídio, ficavam a assistir caladinhos e contentes.

O que é inconcebível é que o desejo humano de explicar o inexplicável tenha dado origem a tão repugnantes instituições, e não me refiro apenas à Igreja Católica.
Para me precaver de alinhar nessas carneirices prefiro dizer:
Não sei! Mas também não me interessa! HC

01 março, 2009

Sentimentos

Sentimentos! O que são? São algo que todos temos, isso é um facto, e que optamos por os mostrar ou não.
Começo a não ter a certeza se quero mostrar os meus, tornam-me vulnerável a ataques, mas não me tornam fraco, porque não são os sentimentos que me enfraquecem, por outro lado podem dar essa sensação a quem me queira atacar.
Mas porque raio havia alguém de me querer atacar? Não sei. Nem sei bem porque é que as pessoas se atacam mutuamente. Não advogo o “dar a outra face”, mas vinganças mesquinhas também não me agradam. Se temos problemas com alguém temos que nos confrontar a nós e a eles com esses problemas e se a diplomacia falhar que venha a batatada! Agora “pratos que se servem frios” não são propriamente a minha área de interesse, o tempo que alguém perde a magicar uma vingança bem que o podia utilizar para fazer algo de útil.

Percebo agora que não há muito a dizer sobre sentimentos, por isso mesmo são sentimentos, servem muitas vezes para expressarmos aquilo que não conseguimos dizer, mas escondermos os sentimentos vamos torna-nos pessoas com problemas de expressão, o que torna muito mais complicada a tarefa de sermos compreendidos, que no fundo é a grande luta do indivíduo, fazer-se entender e fazer-se compreender.

Por outro lado, se optamos por esconder os sentimentos é porque queremos esconder parte de nós, porque não queremos ser um livro aberto, mas possivelmente uma bíblia, que se lê três vezes e das vezes que se lê parece que se está a ler um livro diferente. Isto até nos pode tornar interessantes, não dignos de confiança, mas interessantes.

No fundo, acho que o ideal é o meio-termo, não quero ser o sentimental que corre o risco de se aparentar com um cínico, mas também não quero ser uma pedra, sem sentimentos.
HC

23 fevereiro, 2009

Meia Década na Macacada

Venho por este meio dar os calorosos parabéns ao blog de todos nós.

Meia Década é muito tempo de vida para algo que começou como uma brincadeira e que no fundo o continua a ser, pois se assim não fosse já teria morrido.

A maioria de vós os três, dois pelo menos, estar-se-ão a questionar:

Então mas isto ainda não morreu mesmo?

A resposta é Não!

Quem morreu foram os seus intervenientes, ou pelo menos continuam alheados no seu estado de vida latente, entenda-se por latente estar um a trabalhar e outro a estudar.


A Verdade é que nos esquecemos de dar os Parabéns na data certa e o ano passado nem Parabéns houve! Shame on Us!


Mas a vida continua e ninguém nos vai levar a mal, é Carnaval e porque no fundo ninguém lê isto, o que nestas situações até é bom.

De qualquer forma… A Luta Continua! Os Macacos Continuam no Seu Galho a Mandarem Pedradas a Tudo o que Mexe! Venham Mais Cinco! É o que nós no Desejamos! HC&LR


d.d.e.*- A data do aniversário é 11 de Fevereiro, para o caso de alguém querer dar os Parabéns para o ano que vem!


*(d.d.e. – significa depois de escrito, que é o mesmo que ps, mas começo a ganhar alergia a essas iniciais)

26 janeiro, 2009

Desafio 8 Desejos

Em resposta ao desafio colocado pelo camarada do blog Hocoka vou hoje publicar oito desejos para o ano de 2009.

Ora, agora o que interessa:

1- Que parem de brincar com as nossas vidas para beneficio próprio!

2- Que consiga ter alguma estabilidade, que me permita viver mais e sobreviver menos.

3- Que a nossa espécie deixe de ser um virus e passe a ser a cura para o planeta.

4- Que haja igualdade de direitos e deveres.

5- Que eu e os que me rodeiam sejam felizes!

6- Que Portugal se torne finalmente num país, em vez de uma Anedota.

7- Que se Cumpra a Constituição! (acreditem que só isto melhoraria as nossas vidas de uma forma que não imaginamos)

8- Que o Sócrates tenha Diarreia e não possa fazer Campanha!

Passo Então o Desafio a:

Ao Camarada Luis, visto que o Desafio era ao Blog!
Devaneios Desintericos
Didiawe
My Dark Star
Panfleto Mágico
Midrajne in an Animal World
Vanda
Yannick

Espero que não seja contra as regras, mas alguns dos desafiados são FotoBlogs.

Não tenho tido grande cabeça para escrever ou sequer para pensar, mas este desafio animou-me um pouco, simplesmente por saber que não sou nenhuma anormalidade a pensar em coisas que mais ninguém pensa, afinal parece que não estou sózinho, só isso já me faz sentir melhor. HC

09 janeiro, 2009

Utopias

Vejo-me deparado com uma situação em que aquilo em que acredito me é dito serem utopias… Dizem que sou Utópico!

Não sei se é verdade, se não. Apenas sei que se realmente o é, então estou condenado a viver uma vida por conta de outrem, em que todas as minhas decisões estão rodeadas de condicionalismo e que poderei apenas ir escolhendo o menos mau do que me é posto à frente.

Dizem que as ideias por que luto não são mais que meros sonhos inatingíveis, típicos e efémeros, como assim é a fase da vida que atravesso, a juventude.
Pois o mundo é como é e só nos resta rendermo-nos às evidencias e seguirmos o nosso caminho, ordeiramente, como assim fizeram a maioria das gerações que nos antecederam e assim farão, cada vez de forma mais submissa as gerações vindouras.

Dizem-me também que as pequenas conquistas do passado, até essas, se têm vindo a desvanecer e a serem gradualmente retiradas. Que tudo aquilo por que lutaram foi em vão, pois nada foi conquistado, senão represálias e mau trato.

Gostava de continuar a acreditar que ainda tenho direitos, voz e poder.
Pois um dia alguém me contou uma história, não sei se verdadeira se de embalar, que o povo em tempos saiu à rua, e que ele tinha a voz e o poder e o rumo de um País, do Mundo! Nas mãos…
Se calhar sonhei… se calhar nem sequer uma historia é… Pois, se verdadeira ou de embalar, o que esta história oculta, é que o mesmo povo, que um dia pegou nas rédeas do seu destino, no minuto a seguir, as passou para as mãos dos mesmo que as tinham antes.

Se o que acredito são Utopias… se eu sou um Utópico… se sou um sonhador de sonhos impossíveis… então não só eu, mas o País, o Mundo está condenado a um futuro ainda mais terrível que o presente e o passado! HC