Diariamente, por esse Portugal fora, assistimos às mais gritantes
exibições de falta de civismo, estupidez na sua forma mais pura, falta de
respeito pelo meio ambiente e pela natureza e, em suma, à total ausência de
educação para a interacção numa sociedade civilizada, ou para residir na aldeia
dos macacos que seja.
Face à situação actual, propunha a criação de um Corpo Nacional de
Tabefes, que na minha ideia consistiria na criação de equipas bem treinadas de agentes incorruptíveis que discretamente patrulhariam as ruas, estariam presentes em
estabelecimentos de prestação de serviços, parques de merendas, centros
comerciais, etc… Um em cada esquina seria o ideal, mas sei que face ao panorama
económico nacional, a única coisa que conseguiríamos pagar para ter em cada
esquina seriam Salazares sem amigos.
A única acção que estes agentes iriam realizar seria a aplicação de
um tabefe bem aviado, dentro dos trâmites legais, a qualquer perpetrador, sem
explicações, sem reprimendas, uma singela bofetada com toda a força na face.
Estes agentes estariam sempre à paisana, pois o efeito surpresa seria
essencial.
Mediante a infracção, o agente procederia à aplicação de diferentes
tipos de tabefe, que variariam entre a lamparina nos queixos, à bofetada com um
bacalhau seco nas fontes, mas posteriormente o castigo seria definido mediante o delito.
Um indivíduo que vem a conduzir sem cinto de segurança e depois
estaciona num lugar para deficientes, logo à saída da viatura deverá levar com
um gato morto na tromba até miar, isto apenas a título exemplificativo.
Como cidadão creio que esta medida seria um avanço civilizacional, uma
vez que está comprovado que ninguém liga a reprimendas, multas ou reconhece
alguma vez que errou, esta medida a curto prazo tornar-se-ia preventiva, pois
para evitar levar uma lambada no focinho os cidadãos cumpririam as regras da
boa convivência em sociedade e com o meio ambiente, que conhecem, mas que
diariamente, no meu ver por falta de consequência, escolhem ignorar. HC