22 maio, 2006

Nascidos antes de 1986?

De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta á base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "á prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags viajar á frente era um bónus.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.
Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.
Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.
Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.
Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos PlayStation, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.
Tínhamos amigos… se os quiséssemos encontrar, íamos á rua.
Jogávamos ao elástico e á barra e a bola até doía!
Caíamos das arvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.
Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.
Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.
Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.
Criávamos jogos com paus e bolas.
Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei.
Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
És um deles?
Parabéns!
Subliminar Message
(isto é uma adaptação de um e-mail que recebi e achei que deveria partilhar com o resto da malta, como não sou adepto do e-mail em cadeia, achei que esta seria a melhor forma de o transmitir) HC

8 comentários:

  1. I'm very proud to be the first to coment this one^^. Bom para começar eu acho que nós (geração 85 e tais) fomos mesmo os ultimos a beneficiar com uma educação à antiga, ou seja, a aprendizagem com a àgua fria no corpo para enrijecer, os cabelos desgrenhados por rolar na relva que demoravam eternidades a voltar ao normal e ainda o "cais aleijas.....-te...eu avisei". No entanto era saudavel porque os amigos e a natureza eram os mais importantes para interajir e não um ecran que não nos responde quando saltamos de alegria. A televisão era fixe mas sim quando nos levantavamos enquanto tomavamos o pequeno almoço;não era uma prioridade, tal como os jogos de computador agora (bolas, eu também não posso falar porque sou addicted em msn).Os meninos não saltam porque desnivela a coluna;não se despenteiam porque parece que os pais não tratam deles;não vão brincar para a rua por causa da violencia. Ora é verdade que a sociedade evolui e que necessitamos de evoluir com ela, no entanto uma criança é sempre igual (ou parecida) à outra nas necessidades quando nasce:precisa de mexer e intereagir com as coisas. Ora, penso que estamos a criar uma legião de meninos enclausurados em opiniões e vontades e mesmo num quarto onde têm tudo o que necessitam para lhes estimular virtualmente o cérebro. Não há maneira de uma criança urbana de voltar atrás na aprendizagem sme pelo menos televisão.
    Mas ficam as recordações^^. Já é bom;talvez um dia possamos cuidar dos nossos filhos assim. Obrigado hollie por nos teres feito recordar de uma maneira bonita e critica o que foi (penso que de todos) a nossa infância.

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  2. Não poderias ter tido melhor ideia amori..
    Isso fez-me lembrar sem duvida a boa infancia que eu tive.. e de todos aqueles momentos em que nem tudo que dou importancia hoje..era insignifcante na altura!!

    Ficam as boas memorias!
    Infelizmente com a bosta de pais em que vivemos em que de dia para dia tudo piora.. violencia vinda de todos os cantos .. criar os nossos filhos dessa forma..parece ser impossivel!!

    Enfim.. :S é a porra da vida lol!!

    Parabens! ;) Este eu adorei!!

    Beijinhoooooooo amori*

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  3. Eram bons tempos, esses.
    Um miúdo podia crescer livre. Dava umas 'marradas', é certo, mas aprendia com isso.
    Já no nosso tempo havia uns miúdos mais protegidos, não tantos como hoje. Esses tornavam-se normalmente os adolescentes mais malucos, embriagados com a nova liberdade.
    Tenho pena dos miúdos de hoje, que vivem enclausurados e que mais se tornam nesses tais adolescentes insconscientes.
    No fundo são o produto desta nova sociedade do medo. Má hora, em que os poderosos descobriram que o medo é melhor trela que a religião.

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  4. Pois felizmente passámos essa infância k esta geração de agr n se pode gabar de ter, agr há mais violência nas ruas e os miudos de agr têm de permanecer mais em casa e tb há outras coisas para os distrair k na nossa altura n havia. Mas isto só tende a piorar, se agr n está bom, com os nossos filhos será pior, viveremos em constante preocupação pois estes pretos e estes imigrantes todos k entram aki de todos os cantos do mundo, é no k contribuem para o nosso pais. Por isso digo bem alto "PORTUGAL AOS PORTUGUESES", um abraço para vocês e parabéns pelo blog

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  5. Anonymous, presumo que sejas a mesma pessoas que comentou o outro texto sobre o 25 de Abril, por isso aproveito e respondo aos dois comments aqui.

    É bem verdade que hoje há mais violência cega nas ruas, que, como dizes no outro comment, ninguém respeita ninguém e que as pessoas estão menos civilizadas. Depois, por este comment, parece que atribuis a culpa ao factor raça e aos imigrantes. Com isto não posso se não discordar.
    Em primeiro lugar, os portugueses são um dos povos que mais emigra. Se tirássemos os imigrantes que temos cá e substituíssemos pelos nossos emigrantes, o mais certo era a situação ser igual à que tens agora.
    Em segundo lugar, acho absurdo que se acredite que alguém apenas por ter uma cor de pele mais escura tenha características negativas associadas a isso.
    É certo que grande parte dos delitos pequenos são feitos por filhos de imigrantes, mas o que tu atribuis à raça eu atribuo a outras coisas.
    A começar pela colonização em África.
    Povos a quem, ao longo de séculos, nunca foi permitida a liberdade, o que se estendeu até à Guerra Colonial já com o Salazar, continuando a opressão. Nunca se deixou estes países, como tantos outros em África, instalarem a sua própria democracia, terem liberdade como tu e eu conhecemos. Até que se dá o 25 de Abril. Só que desta vez, e se calhar porque o que vinha de trás era tão mau, conduziu-se mal o processo de descolonização. Adeus e um queijo. Desenrasquem-se. Disto, e não só, deriva a guerra, os problemas sociais, etc. Imagina-te tu numa situação destas. Como seria normal, muitas das pessoas desses países fugiram, à procura de uma vida melhor, ou pelo menos segura. E muitas destas pessoas, que antes tinham sido obrigadas a ser portuguesas, vieram para Portugal sob o rótulo de imigrantes.
    E são estas pessoas que muitas vezes, quando chego a casa às 4 da matina, vejo a apanhar o autocarro para o trabalho. Trabalhos mal pagos, a que se têm que sujeitar porque se não forem eles serão outros, e que na condição de emigrantes são explorados. Pessoas que saiem de casa antes do sol nascer e que voltam depois dele se pôr. Mas estas trabalhadoras pessoas também têm filhos. E como é que alguém que passa o dia inteiro a trabalhar educa um filho? Com que exemplo presente crescem os filhos? Com os dos outros filhos que como eles não têm a presença dos país. E lá vão crescendo, esquecidos, em bairros sociais e bairros de lata, fazendo coisas que muitas vezes os pais não imaginam (posso dizer que conheço vários casos). Experimenta entrar num bairro de lata, e se calhar até encontras motivos para nascerem neste miúdos sentimentos de revolta, agressividade e união. Tudo isto misturado, mais a inoperância do Estado, cujo governo, aliado de interesses meramente privados, tem como única preocupação o Défice, que se tá a cagar para a Educação, os problemas sociais e tudo o que dai advém, e tem-se um fenómeno crescente de agressividade e criminalidade. E a tendência é para piorar. É apenas o reflexo dos dias que vivemos, deste neoliberalismo e imperialismo desenfreado, e que só pontualmente encontra oposição, onde as pessoas vão vivendo cada vez mais sob dificuldades em benefício de meia dúzia de tubarões que engordam cada vez mais com o seu trabalho. E tínhamos pano para mangas e muitas ramificações.
    Mas o que eu te quero dizer é que há várias perspectivas para um problema. Não quer dizer que a minha esteja certa, ou toda certa, mas parece-me que a tua, baseada apenas na cor da pele ou nacionalidade, apenas ajuda a piorar o problema.
    Já agora, identifica-te, que umas das coisas boas que o 25 de Abril trouxe foi podermos dizer o que pensamos sem ter que esconder a cara.

    Um abraço!

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  6. Caro anónimo, quero agradecer-te por teres lido e comentado por nosso blog! Gostava que te identificasses, mas é uma decisão de cada um!
    Quanto à tua opinião não estou de acordo, mas este é um blog de opiniões, em que se aceitam as opiniões que vêem por bem e se agumenta com opiniões próprias!
    Desta vez não o vou fazr, pois estar a argumentar sobre este assunto seria tar a repetir o que o meu companheiro luis disse, pois estou completamente de acordo com ele!
    Um Abraço! hc

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  7. É a vossa opinião, mas enquanto defenderem a "escumalha" não passamos disto, só continuamos a caminhar para o fundo, isso são discursos bonitos que ficam bem dizer na televisão mas a realidade é bem diferente, porque esses que vão pra televisão dizer isso só porque é socialmente correcto não andam nas ruas nem em transportes públicos como o português comum, não sabem sequer o risco que qualquer um de nós está sujeito, basta estar no local errado à hora errada, mas acredito na mudança, uma mudança para melhor e ela está próxima, e secalhar mais cedo do que julgam, um abraço.

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  8. Anonymous, acredita que adorava que a criminalidade desaparecesse.
    Não tou a defender a "escumalha", nunca defenderei quem anda a fazer merda. Eu acho é que a maneira de acabar com a bandidagem não é andar por aí armado em justiceiro. Isso só piora as coisas, só nos torna iguais a eles. Há muita coisa errada neste país que, como expliquei no outro comment, para mim são a origem da criminalidade. Se é para intervir, que se intervenha para tudo isso mudar.
    E então achar que ter um tom de pele escura é garantia para alguém ser criminoso, para mim não faz sentido.
    Também espero que isto mude para melhor. Mas que mude pela via certa. Que não pague o justo pelo pecador.

    Vá, um abraço. Vai deixando a tua opinião.

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