15 fevereiro, 2004

Publicidade

Publicidade. Sem dúvida que, nos nossos dias, a publicidade é um factor marcante na sociedade. A publicidade está em todo o lado: nos wc’s, nas revistas, nas paragens, nos táxis, nos prédios, no rádio, nas lojas, nos intervalos intermináveis dos programas televisivos, epá, em todo o lado! Ela está lá para nos influenciar e sem dúvida cumpre a sua função. Ainda assim, muitos de nós insistem em afirmar peremptoriamente que não se deixam influenciar:
“- Publicidade? Eu sou um gajo muita independente, e o camano… Eu não me deixo influenciar por isso, e tal…
- Ai não? Então e aquela colecção de loiça chinesa que andas a pagar há três anos? Foi um investimento pró futuro, não?”
Epá, todos nós nos deixámos e deixamos influenciar pela publicidade e mentiroso daquele que afirmar que nunca se deixou (já agora, estou a vender uma Lexmark Z33 sem uso. Interessados --> mail do blog). Agora, um factor determinante para convencer alguém a comprar determinado produto é a própria qualidade do anúncio. E isto nota-se especialmente na malta mais jovem, mais exigente em termos estéticos e de originalidade. Quantas vezes não repreendi já a minha mãe no super-mercado quando esta num momento de fraqueza pega numa embalagem de Chau ou Féry (os nomes estão alterados porque não queremos problemas com a autoridade. Seria má publicidade para o nosso blog):
“- (sussurrando) Mãe, poisa já isso. É o detergente daquele anúncio, do tal…
- Mas é mais barat…
- NÃO interessa. Poisa..”
As pessoas queixam-se que não têm paciência para a publicidade. Sinceramente acho que as pessoas não têm é paciência para má publicidade e se calhar nem dão conta. Quem é que não mete num canal a dar anúncios quando não dá nada de jeito no resto dos canais? O pessoal até gosta daquilo. Por isso, basicamente, a ideia que eu quero passar, é que a publicidade já é parte integrante do nosso mundo, e nós até nem nos importamos, mas como em tudo (ou quase tudo) actualmente, a exigência tende a aumentar. Por isso senhores publicitários, toca a fazer publicidade em condições para os intervalos do meu Glorioso e d“O Teu Olhar”.
Não me alongo mais sobre este tema, uma vez que os meus pais prometeram comprar-me um conjunto de 102 peças de loiça, com rebordos pintados a ouro, fabricadas à mão em Banguecoque (com oferta de um colcha bordada à mão no Mali para as primeiras cinquenta chamadas) caso passasse menos horas ao computador. LR

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